10 principais dúvidas sobre ABLAÇÃO ENDOMETRIAL
A ablação endometrial é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, seguro, que resseca ou destrói a camada interna do útero (endométrio), com o objetivo de controlar o sangramento uterino anormal. O método é uma alternativa à histerectomia, que é a retirada do útero.
Entre as principais dúvidas que recebo sobre o assunto, selecionei 10 para explicar para vocês:
1.Quando a ablação endometrial é indicada? É indicada para pacientes que apresentam sangramento uterino anormal e que não desejam mais engravidar. Normalmente indicado para mulheres que não respondem ou que apresentam contraindicações para o tratamento hormonal.
2. Qual o resultado esperado após a ablação endometrial? Um bom resultado é a redução significativa do fluxo menstrual ou a ausência total de menstruação.
3. A ablação endometrial dói? Não. A ablação é realizada em centro cirúrgico com anestesia e alta hospitalar no mesmo dia, podendo a mulher retornar rapidamente as suas atividades diárias.
4. Como funciona a técnica? Existem várias técnicas, como os balões térmicos, micro-ondas, radiofrequência e ressecção histeroscópica. No Brasil, a técnica mais usada é ressecção histeroscópica, em que é introduzido no útero, via vaginal, um equipamento chamado histeroscópio, acoplado a um ressectoscópio com uma alça de ressecção, conectado a uma microcâmera e que sob visão direta, fará a remoção do endométrio. Apesar de ser uma técnica mais complexa e exigir maior habilidade cirúrgica, tem a vantagem de analisar o material ressecado (estudo anátomo-patológico) para a confirmação da natureza benigna do endométrio.
5. Como deve ser o preparativo para a ablação endometrial? É recomendado que seja realizado logo após a menstruação, quando o endométrio está mais fino.
6. Há desconfortos após o procedimento? A paciente pode sentir um pouco de cólica que é controlada com uso de analgésico ou anti-inflamatório. Também pode ocorrer um pouco de secreção e sangramento. De maneira geral a recuperação é muito tranquila.
7. Existem falhas no tratamento? Sim, podem ocorrer falhas, mas normalmente ocorrem quando existem outras patologias uterinas benignas associadas, como miomas ou adenomiose.
8. A ablação endometrial funciona como um método contraceptivo? É importante deixar bem claro que a ablação endometrial não é um método contraceptivo e ressaltar que é contraindicada a gestação após o procedimento porque pode causar elevados riscos maternos e fetais. A paciente deve estar ciente que é importantíssimo ter um método contraceptivo eficaz após a ablação endometrial. Pode-se programar a colocação de um método contraceptivo de longa duração, os chamados LARCs, no momento da ablação.
9. DIU pode ser usado após a ablação? Sim, a mulher pode colocar um DIU inclusive no momento da ablação endometrial, podendo ser o DIU de cobre ou o DIU de levonorgestrel. O sistema liberador levonorgestrel (Mirena) é considerado em artigos científicos internacionais para um melhor resultado do procedimento em pacientes com outras patologias uterinas associadas, como por exemplo a adenomiose, principalmente naquelas que não podem se submeter a histerectomias por apresentarem contraindicações clínicas.
10. Quando a ablação endometrial é contraindicada? É contraindicada em gestantes e mulheres que desejam engravidar, em mulheres com infecções genitais e em casos de câncer uterino.
=====
Dra ANA RITA PEIXOTO PANAZZOLO
Histeroscopia Ginecologia
CRM/SC 6848 RQE 1714
48 98802 1772 48 3304 7306